Projecto número 6:

Este ano voltamos a ter uma votação complicada. Na primeira ronda não se obteve unanimidade, pelo que seleccionamos os projectos mais votados para passarem à segunda fase (nº 2; nº 6; nº 10; nº 14; nº 19).
Na votação final, os resultados foram muito renhidos, ao ponto do vncedor apenas se destacar por um ponto e os restantes ficarem empatados no 2º lugar com 6 pontos.
O resultado final:
1º Lugar: Projecto 6 (7 pontos)
2º Lugar: Projecto 2 - Projecto 10 - Projecto 14 - Projecto 19 (6 pontos cada)
O autor do projecto vencedor recebe 250 €.
Parabéns a todos os participantes.
De J.M.C a 24 de Maio de 2011 às 12:48
Claro que há sempre quem gosta e quem não gosta, por isso é que inventaram a democracia. A maioria diz sempre alguma coisa sobre algo. Mas estamos só a falar sobre opiniões pessoais que podem ser ouvidas, certo?
Queria esclarecer a metáfora que usei no outro comentário que, ofensiva ou não, foi a melhor que encontrei para descrever a minha opinião.
Quando metemos no rótulo de um sumo "cenoura e laranja", mas o sumo não leva cenoura, isto é um engano. E quem compra o sumo sente-se enganado, apesar de ter laranja, não tem cenoura. O mesmo acontece quando se usa o rótulo Design, e depois se diz que as regras ou tudo o que o define não é aplicado no concurso, ou só uma parte é aplicada. O uso de um termo tem de ser feito tendo em consideração o que significa, e as regras que lhes estão associadas, pelo menos neste tempo e neste espaço.
Já dizia uma ilustre artista: o problema de todas as disciplinas é a falta de rigor. Quando se abrem excepções tão grandes que não é possível identificar mais o que é, então dão-se outros nomes a essas excepções, e os enganos são evitados. E isto não impede a criatividade, nem a liberdade, nem nada. Até se tem revelado a melhor maneira de criar e inovar. É uma questão de nomenclatura e entendimento, para não andarmos todos enganados.
De RicardoCoelho a 24 de Maio de 2011 às 13:13
Todas as correntes pós impressionista puderam um ponto final ao domínio da ideia em que os verdadeiros artistas eram aqueles capazes de pintar exactamente como nas referencias da Antiguidade Clássica e tudo o resto nem considerado arte seria. Sem essa mudança de mentalidade que essas correntes conseguiram impor, o mundo não conhecia Salvador Dali, não conhecia Van Gogh, não conhecia Jackson Polloc nem Roy Lichtenstein entre muitos outras grandes referencias, que permitiram que a arte fosse capaz de quebrar as regras. O facto de as regras serem quebradas não limita o conceito seja do que for na arte ou design. A capacidade que o designer tem de ser capaz de quebrar determinados conceitos impostos pelo design não implica que isso seja "Um sumo de laranja com sabor Ananás" O conhecimento das regras é essencial e quem as quer quebrar tem que as conhecer, e se eu o fiz é simples, sabia que essa mesma regra não ia por em causa a funcionalidade do logótipo, porque se não ultrapassarmos os limites nos impõem, de que forma é que vamos ser diferentes dos outros??
"The first man to compare the cheeks of a young woman to a rose was obviously a poet; the first to repeat it was possibly an idiot."
Salvador Dali
Mas claro são opiniões, e esta é a minha e espero ter deixado bem claro. E com esta forma de pensar fui capaz de vencer o concurso. E eu entendo aquilo que disseste mas gostaria que também fosses capaz de entender um outra perspectiva diferente da tua.
De
Diogo a 24 de Maio de 2011 às 13:45
Não vejo aqui ninguém contra a tua proposta. É, como dizes, a tua submissão, que vai de encontro ao que achas correcto.
Discute-se sim o concurso, o que pede, e o que valorizou.
Sejamos conscientes e vamos la ver se percebemos que, eu pelo menos, não falo por inveja. Falo por achar que existe um certo numero de valores e concepções que não foram tidas em conta (mais uma vez não pelo concorrente, mas sim pela decisão final) quando se considera o trabalho em questão como vencedor.
De
JP a 30 de Maio de 2011 às 17:47
Diogo, compreendo a tua posição. Mas se analisares os resultados, vais perceber que houve muitos outros valores a serem considerados. O júri ficou dividido. O facto de se ter vencido este, não implica que tudo o resto foi desconsiderado.
Houve vários trabalhos que ficaram apenas a 1 ponto.
Lembro-te ainda, que o briefing foi claro, que todos os participantes o aceitaram e de manhã não conduziram a conversa para outra área. Lembras-te das duas colunas: os participantes não orientaram o debate para o lado institucional como para o satírico.
Os participantes não estavam lá com um papel passivo. Foi valorizado o que todos deixaram valorizar.
De J.M.C a 24 de Maio de 2011 às 14:13
Entendo, mas o que eu disse não tem que ver com quebrar regras, nem arte, nem nada do que explicas. Estamos a falar de coisas diferentes. Tem a ver, mais uma vez, com nomes. Há quem goste de impressionismo e há quem goste de surrealismo e há quem goste dos dois. Se tudo isto tivesse o mesmo nome era confuso. Poucos gostam de ser enfiados no mesmo saco. Têm nomes diferentes, têm "regras" diferentes, têm públicos diferentes, têm aceitações diferentes.
E quem vai a uma exposição de surrealismo está à espera de encontrar isso, ou melhor. Eu fiquei desiludida com este concurso. Achei positiva a iniciativa, mas depois não encontrei o que o nome prometia. E pelos vistos não fui a única. As características do Design que eu gosto e admiro foram as únicas que não apareceram aqui. Fui levada a pensar que iam aparecer.
De RicardoCoelho a 24 de Maio de 2011 às 14:59
Mas o facto de ser surrealismo, expressionismo ou impressionista seja o que for, por limites numa corrente artística e não no seu concito de arte, da mesma forma que vejo que a proposta que desenvolvi não vai contra o conceito de design. Mas independente disso e agora para ajudarmos um pouco o evento em vez de andarmos a penas a referir que isto não agradou a todos, de que forma é que achas que as propostas deveriam ser avaliadas? quais os aspectos a ter em conta? Não achaste correcto as propostas que restavam em segundo lugar ? era completamente o oposto da proposta que eu apresentei e aquilo na verdade foi uma questão de sorte pois estavam todos a um passo de ganhar.
De
Diogo a 24 de Maio de 2011 às 15:10
Já muitos responderam a essa pergunta.
Para a próxima é ter em conta ao que se olha quando se fala em "logótipo". E isso, se tem que ser explicado literalmente, é porque está alguma coisa errada.
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