Mais uma vez a FontShop publica a sua lista dos melhores tipos de letra de 2011, com a inovação da categoria Mobile Fonts. Publicamos quatro das fontes vencedoras, as restantes estão aqui.
A AtypI (Association Typographique Internationale) divulgou os vencedores do Letter.2, 2nd Type Design Competition. Na perspectiva da organização, o Letter.2 visa fornecer um instantaneo de angulo aberto do estado do tipo de letra em todo o mundo, 10 anos após a competição de 2001, e promover a excelência tipográfica e as melhores práticas profissionais. A ATypI considera também que com este concurso se aumenta a consciencialização sobre o papel da tipografia no encorajemento e manutenção da diversidade cultural.
Na imagem destacamos as fontes Aria e Obre, ambas do português Rui Abreu. Sem dúvida um feito para este designer (n. 1979) licenciado na FBAUP (Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto), em 2003.
Para quem quiser mesmo utilizar uma fonte "brush script" que não seja a batídissima Brush Script, está aqui uma alternativa, desenhada por Charles Borges de Oliveira.
Este type designer parece ser viciado em scripts, já que é também autor da Sarah Script, Bounce Script, entre outras, conforme se pode ver aqui.
O designer paraguaio Alejandro Valdez desenhou a fonte Sarakanda, para facilitar a aprendizagem da leitura a crianças com dislexia, ou seja, com dificuldade de “identificação, reprodução, compreensão e interpretação dos signos falados e escritos”.
“Sarakanda procura diferenciar explicitamente as letras que as pessoas com dislexia distinguem com dificuldade devido à confusão estática, mediante a manipulação da forma e contraforma. É o caso típico dos signos b/d/q/p”.
Um excelente exemplo do design como ferramenta de intervenção social, através do diagnóstico e proposta de suprimento de uma necessidade.
O MyFonts tem o sítio redesenhado, incluindo o logo. Aqui está o sítio antigo, aqui a versão beta do novo, e aqui a justificação dos designers responsáveis pela nova imagem.
Um excerto desse texto: "Designing a logotype for the biggest online type-shop, is like playing punk-rock with a panpipe, telling your mother she is wrong, or like believing in world peace. Strange, always wrong and likely impossible. It's like searching the vegetable of all vegetables. Or like writing the book of all books. Time to write with the broom instead of the brush."
Interessante artigo de Paul Shaw, publicado na íntegra aqui por Daniel Campos (com tradução de Daniella Castelucci), sobre a fonte Helvética e sua ligação à sinalética do metropolitano de Nova Iorque. A não perder!
"A (quase) verdadeira história da Helvética com o Metrô de Nova Iorque
Por Paul Shaw – 18 de novembro de 2008
Há um senso comum em acreditar que a Helvética é a fonte da assinatura do sistema de metrô de Nova Iorque, crença esta reforçada por Helvética, popular documentário de Gary Hustwit lançado em 2007 sobre esta fonte. Mas isso não é verdade – ou, melhor dizendo, isso é somente parte da história real. A Helvética é a fonte oficial do MTA hoje, mas não foi a fonte especificada pela Unimark International quando esta criou o novo sistema de sinalização no final dos anos 60. Por que a Helvética não foi escolhida a princípio? Que fonte foi escolhida em seu lugar? Por que a Helvética é usada hoje, e quando ocorreu esta mudança? Para responder a estas perguntas, este artigo explora histórias muito importantes: do sistema de metrô de Nova Iorque, da sinalização de meios de transporte dos anos 60, da Unimark International e, é claro, da Helvética. Estes quatro caminhos entrelaçam-se, em nove páginas, para apresentar a história que atualmente transcende a simples questão da Helvética e o metrô."
A FontShop seleccionou as 20 melhores fontes publicadas por esta type foundry em 2008. Entre elas, na categoria Most Complete Suite, está a Leitura, do português Dino dos Santos.
Aqui pode ser feito o download de uma auto-denominada eco-fonte, que promete reduzir o consumo de tinta nas impressoras. A solução encontrada foi a de vazar a fonte com buracos ocupando cerca de 20% da área das letras, o que não prejudicará a leiturabilidade.
Gilberto "Knuttz" fez o teste de impressão e mostra os resultados no seu blog .
A MEgalopolis Extra é uma fonte de utilização livre e gratuita, que pode ser descarregada aqui.
A estudar em particular as potencialidades proporcionadas pelo Opentype, nomeadamente no que concerne ao desenho de ligaturas.